Mais, menos ou nada

Poderia ser simples
Um pouco mais de sim
Um pouco menos de não.

Chega de talvez sentir
Chega de talvez amar
Chega de talvez sofrer
Nada constrói-se com quase

Sentado
Te olhando
Não tenho duvidas do quanto te quero

Então acenda seu cigarro
E espere queimar até o fim
E respire;
fundo.
Para não engasgar de novo antes de falar.
Só precisamos de um pouco de resolução.

Escrevo sim

Escrevo porque se nada mais faz sentido
Então que as palavras sejam minhas ultimas lembranças do que eu sinto
Que eu expresse com dor, todo meu amor
E que eu expresse com tudo, meu momento de nada
E por fim
Que eu me expresse
E que nunca deixe de sentir.

Ainda menos

Senti demais hoje
E o dia passou que eu nem senti
Senti demais hoje
Mas nada teve uma real razão
Sentirei de menos agora,
e o dia de amanhã me parece tão previsível.

Muito fôlego

Corre sozinho em busca de algo
Corre que lá na frente tem mais caminho pra correr

Respire
Um
Ar
Um novo
Ar
Respirando por cada lugar passado
Respirando e deixando ir embora cada fôlego do passado.
Não mais farei disso meu amanhã

Agora corro olhando para os lados.

Pequenas Versões

Busquei errado;
Várias formas de te agradar
Falei de tudo;
Menos o que você queria ouvir.
Eu fiz com que você gostasse de mim...
E foi aí que eu fiz tudo errado
Por medo de um dia te perder
Entreguei a minha solidão.

E agora entra pela porta pequenas versões de você.

Real

Senhoras Esperança e Saudade;
Tô com fome de vida
Quero sentir algo real

Me avisem
Não sem pressa
Se avistarem alguma forma de vida nesse jardim
Onde tão poucos pisaram
Onde tantos muitos pararam na porta
Onde as flores desabrocham com dificuldade
Com o descuido do tempo

Senhora Esperança,
Dona Saudade;
Me avisem quando for embora
Pois só assim poderei descansar