domingo, 16 de maio de 2010

Despida


Bela e nua,
quase tão intocável como a Lua.
Pura, na noite reluzia um encanto,
à não ser escondido por aqueles prantos;
que aqueciam sua noite.

Tão grossa quanto sua beleza
Tão lapidada
Traços fortes que o destino reservou pra ela,
as marcas de um passado meio conturbado.

Bela e nua,
ambas despidas,
sem nenhuma camuflagem.
Mas sempre se aquecem com o distante,
o distante dos sentimentos.
Mas ela tá tão longe;
como a lua.
A bela da noite.
Vagando pelas ruas simples, sujas e imundas.
Uma na terra,
e outra nas frias noites escuras.


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